Conhecido como o criador do mobiliário genuinamente brasileiro, Sergio Rodrigues possui obras que tornam espaços mais aconchegantes e dinâmicos até hoje.
Conhecido como o criador do mobiliário genuinamente brasileiro, Sergio Rodrigues (1927 – 2014) formou-se em 1952 na Faculdade Nacional de Arquitetura do Brasil, no Rio de Janeiro, e começou sua trajetória em um período muito propício para a área no país.
Desde o início de sua carreira, defendia que todo arquiteto deveria se dedicar ao planejamento dos interiores e do mobiliário. Além disso, acreditava que móveis de design deveriam refletir as raízes de quem os produzia.
Sergio Rodrigues: processo criativo e legado
Em 1955, Sergio Rodrigues fundou a icônica loja Oca, com o principal objetivo de atender as necessidades impostas pelo clima e tradição do Brasil. Assim, a identidade cultural era vista tanto nos seus desenhos quanto nos materiais utilizados, como couro, palha e madeira.
Durante seus 60 anos de carreira, produziu mais de 1.000 peças de móveis de design, sempre usufruindo de formas presentes no imaginário coletivo do povo brasileiro. Além de elegância e bom gosto, seu legado está regado de sensações de aconchego e ousadia.
A criação de grandes referências do mobiliário brasileiro
Poltrona Mole
Ela foi criada quando o fotógrafo Otto Stupakoff encomendou um novo sofá para seu estúdio, mas, devido ao espaço limitado, Rodrigues sugeriu que a peça fosse uma poltrona ampla. Seu formato contrariava as tendências da época, que privilegiavam formas finas e materiais menos robustos.
(Imagem: Instituto Sergio Rodrigues / Reprodução)
Em 1961, a peça venceu o Concurso Internacional do Móvel de Cantu, na Itália, solidificando sua engenhosidade. Desde então, ela é referência quando o assunto é mobiliário brasileiro e faz parte do acervo do MoMA, em Nova York.
Poltrona Chifruda
(Imagem: Instituto Sergio Rodrigues / Reprodução)
Símbolo do pós-modernismo do mobiliário brasileiro, a Poltrona Chifruda marcou o início de um movimento que tinha móveis como peças de arte. Ela, inclusive, foi a obra principal da exposição “O móvel como objeto de arte”, na década de 1960.
O ponto de partida deste projeto para Rodrigues era mostrar a habilidade dos artesãos da Oca, tanto para o couro quanto para a madeira. O designer, então, decidiu inovar no formato da obra – e assim surgiu esta poltrona que mescla linhas sinuosas tradicionais a elementos que remetem aos Vikings.
Banco Mocho
(Imagem: Instituto Sergio Rodrigues / Reprodução)
Estruturado em madeira de lei maciça, Rodrigues criou o Banco Mocho em 1954. Já tendo o imaginário cultural brasileiro como referência, Rodrigues se inspirou nos bancos tradicionalmente utilizados enquanto se ordenhavam vacas no interior.
A relevância de Sergio Rodrigues no mercado imobiliário
Diversas de suas criações estão em órgãos públicos, mas Rodrigues também projetava suas peças considerando lares aconchegantes, mantendo viva sua criança interna.
Ambientes que possuem suas obras trazem consigo ares de conforto e movimento, além de harmonia entre estética e usabilidade. Este conjunto traz ainda mais valor para os imóveis em que estão inseridos.
Exemplos da curadoria Kaazaa contam com peças de Rodrigues. Neles, é possível notar a maneira como suas criações harmonizam com excelência em diversos espaços, independente do estilo arquitetônico e tipo de construção.
Nesta casa no Alto de Pinheiros, dois exemplares da poltrona Mole marcam presença no living integrado à área externa verde, o que contribui para a atmosfera aconchegante do ambiente.
Já neste apartamento no Jardins, a Mole está disposta de uma maneira mais descontraída, na diagonal, trazendo sensação de movimento ao espaço.
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